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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

SINTERP-BA: MANDA PARA JÚLIO CÉSAR O GAGUINHO

Demissões reforçam práticas abusivas na Record Bahia


A série de demissões realizadas pela Record Bahia no mês de dezembro de 2012 confirmaram série de práticas abusivas implementadas pela empresa após Carlos Alves assumir a função de diretor local. Foram 23 trabalhadores desligados, e a maioria enfrentava ambiente de trabalho que podem ser considerados degradantes.
Durante o ato de homologação das demissões na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Rádio, Tv, e Publicidade da Bahia (Sinterp/BA), a coordenação tomou conhecimento de mecanismos de desprestigio e constrangimento aos funcionários, entre as quais: inabilidade do setor de Recursos Humanos; e preços abusivos do plano de saúde "Life Empresarial"que pertence ao próprio grupo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
“Os casos mais graves serão avaliados com cautela e sob a responsabilidade dos órgãos competentes. Mas não vamos medir esforços para acolher as pessoas que se encontram nesse momento difícil, desempregados. Já solicitamos um agendamento com a direção da emissora mais que até o momento não nos deram respostas", explicou Everaldo Monteiro, coordenador geral do Sinterp/BA.
O fato que ilustra melhor o desrespeito interno aconteceu com um garçom da empresa. Ao ser humilhado por um gerente, o funcionário teve uma crise nervosa, e causou comoção interna ao ponto do superior ser transferido para outra praça da rede. Por isso, os problemas não se resumem aos que foram desligados. Aqueles que continuam na empresa estão sob pressão. "Agora a pergunta que resta: quem será o próximo a ir ao paredão de fuzilamento?", indagou Everaldo.
Até o momento o Sinterp/BA também não coletou elementos que embasem a justificativa da empresa de estar sofrendo prejuízo financeiro. A informação repassada ao sindicato é que os cargos têm sido substituídos ou relocados para outros setores. Também há o fato do maior anunciante local, o governo do estado, está com atraso nos pagamentos, porém, o dinheiro está garantido no fluxo do caixa.
No dia 13 de dezembro, após as demissões, a Record realizou confraternização de fim de ano a fim de amenizar a tensão instaurada no dia-a-dia. Porém a sensação de medo continua a rondar os corredores. O motivo tende estar num problema da cúpula nacional da rede, bem como na IURD, tendo à frente o diretor geral Alexandre Raposo como líder nas demissões.