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sexta-feira, 6 de maio de 2011

SALVADOR - BA: PESQUISA REVELA A CAPITAL ONDE MAIS SE MATA COM ARMAS DE FOGO!

A Bahia ocupa o segundo lugar no ranking de mortes com armas de fogo no país, de acordo com uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) nesta quinta-feira (5). O estudo mostra ainda que Salvador é a capital onde mais se mata com o uso desse tipo de arma.
O ranking nacional de mortes com arma de fogo é liderado por Alagoas, com 83,3% do total de homicídios registrado no estado. A Bahia vem a seguir, com 81,3%, e a Paraíba ocupa a terceira posição, com 80,5%. Os números se referem a 2009, ano dos últimos dados disponíveis no Ministério da Saúde.
Entre as capitais mais violentas, tomando-se como base as mortes por armas de fogo, estão: Salvador, com 93,6%; Vitória, com 91,7%; e Maceió, com 88,9%. A média no Brasil, com base em dados de 2009, é 71,2% – cifra levemente menor do que o recorde de 71,6% registrado em 2007.
De acordo com o estudo, a Região Norte é onde menos são utilizadas armas de fogo na prática de homicídios. Nas capitais Boa Vista, Palmas, Macapá e Rio Branco, por exemplo, o índice de uso de armas de fogo em assassinatos está abaixo de 50%. “Nessa regiões, o acesso às armas não é comum e outros instrumentos letais são utilizados”, explica o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, 
A pesquisa indica ainda que, entre 2000 e 2009, o número de homicídios praticados no Brasil com arma de fogo saltou de 30.865 para 35.556.
 Segundo Ziulkoski, as estatísticas mostram que, apesar da diminuição no número de homicídios no Brasil, o número de crimes praticados com armas de fogo continua aumentando: passou de 30.865 em 2000 para 35.556 em 2009.  “Isso demonstra a falta de políticas públicas para combater a violência e o tráfico ilegal de armas”, critica.
Ziulkoski explicou que a CNM está dando continuidade ao mapeamento da violência armada nos municípios “para orientar os gestores públicos brasileiros no enfrentamento deste grave problema social”.
O estudo deste ano revela também que 8,5% das vítimas assassinadas no Brasil em 2009 eram mulheres – quase 40 mil morreram nos últimos dez anos. Na maioria dos casos, as mulheres são assassinadas em um contexto de violência domestica, em brigas com o marido ou companheiro.
“Mas, infelizmente, o Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, não informa o sexo do autor do homicídio e nem o tipo de relacionamento que existia com a vítima”, lamenta Ziulkoski. Segundo ele, isso impossibilita a detecção mais eficiente de dados em razão de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Quando ao estado civil das mulheres assassinadas, as solteiras respondem por 61% nos últimos dez anos, enquanto as casadas representam 17%. A faixa etária mais afetada é a dos 20 a 29 anos, 30%. Depois, vêm as mulheres de 30 a 39 anos, as de 15 a 19 e as de 40 a 49 anos de idade.