Em ao menos 19 cidades da região sudoeste da Bahia falta da medicação para os transplantados de rim. Devido ao problema, pelo menos 50 transplantados podem retornar a qualquer momento às salas de hemodiálise, devido ao risco de perder o órgão que lhes foi doado. O principal motivo para a reversão do quadro estável é a falta, na rede pública de saúde, de medicamentos como o myfortic. O medicamento, que deve ser distribuído gratuitamente pela 20ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), é fundamental para os transplantados no controle das funções do organismo. Também está em falta o prograf (tacrolimo), que custa R$ 998,31 na rede farmacêutica privada. Dez anos depois de um bem-sucedido transplante de rim, o vigilante aposentado Joselito dos Santos, de 42, é um exemplo da situação. Santos ainda tem que fazer uso de outras dez substâncias, mas sem o produto, o transplantado começa a apresentar alterações no corpo, como inchaço de braços, perna e rosto, além de retenção da urina, podendo até comprometer o rim de forma irreversível. A farmacêutica Cinara Andrade Amaral, da 20ª Dires, informou que a chegada dos medicamentos é de responsabilidade da Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab). “Mas houve atraso no envio da remessa dos medicamentos, o que geralmente deveria ocorrer até o dia 25 do mês”, assinalou Cinara. Informações do A Tarde.