Jau nega agressão e diz que secretário quer transferir a “irresponsabilidade”
Como não houve solução para o transporte no domingo, a prefeitura solicitou a realização do show na segunda. Apesar de já ter compromissos e estar amparado legalmente, a produção do cantor topou: “Eu tinha que fazer o bloquinho e um show no Pelourinho, além de um compromisso com Ivete Sangalo no dia seguinte, mas em função do que aconteceu eu aceitei fazer o show na segunda. O problema é que a não realização do show no domingo não foi esclarecida para a população”. Segundo Jau relatou ao Bocão News, um grupo de moradores ameaçou e tentou agredir os integrantes da banda: “Sei que a minoria não representa a cidade toda. Mas estavam bêbados e querendo nos agredir. Seria uma irresponsabilidade subir ao palco naquelas circunstâncias”. O artista até conversou com um morador, que revelou não ter sido passado para a população o real motivo do cancelamento do show do dia anterior, o que gerou a revolta. “Nesse momento em que eu conversava com um senhor, uma equipe de umas quinze pessoas chegou tentando me agredir. Não fizemos o show na segunda porque essas pessoas estavam enfurecidas. Não faz sentido eu sair de Salvador em pleno carnaval para Maragogipe e não realizar o show. Fomos, mas como nenhuma segurança nos foi dada, não pudemos subir ao palco”, disse Jau.
Para o cantor, o secretário de Cultura tenta jogar nele toda a responsabilidade do ocorrido: “Acho que o secretário quer tirar dele a responsabilidade de fazer uma festa daquela proporção sem segurança. Se houvesse segurança, a gente dava um jeito e tocava. Ele que tirar das costas dele a irresponsabilidade de não ter garantido a segurança do povo e da equipe”. Além disso, afirma Jau, o eles não receberam o cachê: “Iríamos fazer o show para receber depois. Não recebemos absolutamente nada e ainda voltamos para casa com um teclado quebrado e outros prejuízos”. Apesar do inconveniente, ainda há possibilidade de o show acontecer no local: “Depois de uma maratona de shows, não justificava eu ir ao município e não tocar. Enfim, eu amo o povo de Maragojipe. Estou aberto pra tocar lá em qualquer hora, qualquer lugar, aos pés de São Bartolomeu. espero que as pessoas de bem de lá entendam que naquele momento tomei a atitude por causa das pessoas alcoolizadas. Estou aberto a fazer qualquer coisa lá. Inclusive já doei um show pra essa gestão da prefeitura de Maragojipe, pois tenho família em um povoado da região”. Jau finalizou a entrevista se desculpando: “Peço perdão e desculpas porque de certa forma frustrei a população. Mas acima de tudo vem a nossa integridade física”.